sábado, 17 de julho de 2010

Uma grama de acção vale uma tonelada de teoria.
Friedrich Engels



quinta-feira, 8 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O vicio Farmville

Blog da C*

http://gizmodo.com/5579627/farmville-groceries-are-real-and-tastier-than-pixels

No Blog da C*.

Entrevista ParaDesportiva - Pedro Correia




Nome:
Pedro Correia

Idade: 19

Função/Equipa: Base / APD Paredes

1 - Qual a tua patologia? Que limitações representa?

Paraparésia. Resultou de um tumor na medula quando tinha 3 anos. Obriga-me a usar uma cadeira de rodas e, por isso, limita a minha circulação no dia-a-dia, uma vez que, como já estamos “carecas” de saber, o nosso país não tem as acessibilidades arquitectónicas adequadas às pessoas com dificuldades em termos de mobilidade.

2 - Como vives com os preconceitos?

Acho que lidar com o preconceito é uma aprendizagem e não algo que se consiga de um dia para o outro. Já fui mais revoltado e retraía-me muito devido aos olhares das pessoas e à forma como estas encaram a deficiência. Hoje sou mais forte e entendi que em momento algum me devo deixar melindrar por essa mentalidade tacanha, pois quem tem de mudar não sou eu.

3 - Como vives o Basquetebol em Cadeira de Rodas (BCR)?

Com enorme paixão e comprometimento. Não consigo imaginar a minha vida sem o BCR e depois da carreira de atleta espero continuar ligado à modalidade como treinador.

4 - Numa palavra define-me BCR.

Intensidade. É certo que não é uma característica única ou singular, mas o BCR eleva-a ao seu expoente máximo. O ingrediente extra que as cadeiras representam acaba por conferir à modalidade uma espectacularidade difícil de igualar.

5 - Como entraste para o BCR? O que te faz continuar?

A vontade de praticar desporto nasceu muito cedo. Lembro-me de com 7/8 anos jogar futebol de gatas com os meus amigos. No entanto, como a divulgação do desporto adaptado e a na comunicação social é praticamente nula, acabei por ingressar na APD Porto já com 16 anos. A entrada no BCR devo-a um tio meu que se procurou informar onde poderia praticar a modalidade e acabou por entrar em contacto com o Rui França, também ele atleta da APD Porto. Tive sorte com a equipa e o treinador que encontrei e o ambiente que ali se vivia era acolhedor. A boa integração revelou-se fundamental e o prazer de jogar começou a crescer dia após dia. Comecei a pesquisar na Internet sobre a modalidade, a ver imensos vídeos para aperfeiçoar a minha técnica e interpretar melhor o jogo e a aperceber-me que o BCR era muito mais do que esta “coisa” redutora que se vive em Portugal.

6 - Que diferenças notas, em ti do antes e no depois do BCR?

Hoje sou mais sociável, pois embora seja uma pessoa bastante fechada, muita da minha timidez devia-se ao facto de não aceitar em pleno a minha deficiência. Agora sou capaz de falar com as pessoas sem qualquer receio e tenho maior confiança em mim.

7 - Quais os apoios que encontraste? E quais as dificuldades?

No que respeita ao apoio da APD Porto, este resumiu-se à cedência da cadeira de competição. É lógico que isso é muito importante, mas o progresso do BCR exige uma postura interventiva e uma presença constante dos órgãos directivos para atender às necessidades da equipa em aspectos como as condições de treino, de transporte (para os treinos e para os jogos), a captação de atletas, a manutenção das cadeiras, estratégias de promoção para levar pessoas a assistir aos jogos, etc. Neste capítulo, a APD Porto falhou/falha redondamente, mas infelizmente está longe de ser caso único no panorama nacional.

8 - Como concilias o desporto com a vida quotidiana?

Não é uma missão simples, sobretudo agora na faculdade, mas consegue-se com uma boa gestão de tempo. É evidente que não posso despender tanto tempo de estudo como a esmagadora maioria dos meus colegas, nem tanto tempo de treino como um atleta profissional. Tento encontrar um ponto de equilíbrio, contudo as pessoas que me são mais próximas sabem que a minha prioridade é o BCR. Ambiciono uma carreira profissional, daí que além dos treinos com a equipa, sempre que tenho algum tempo treino sozinho.

9 - Qual a tua Opinião sobre o BCR em Portugal, na actualidade?

No que diz respeito ao olhar da sociedade em relação ao BCR e ao desporto para pessoas com deficiência em geral, nota-se alguma evolução, ainda que lenta e insuficiente. A ideia de que o desporto adaptado é uma espécie de acção de caridade continua enraizada. O desporto adaptado de alta competição soa absurdo aos ouvidos das pessoas que o vêem unicamente como uma ferramenta de reabilitação.

Em relação à gestão do BCR pelas entidades responsáveis, sinto que escasseiam pessoas com a competência necessária para assumir os destinos da modalidade. É certo que em tempos de crise não se afigura uma missão fácil, no entanto aponto à Anddemot essencialmente duas lacunas. A primeira é a falta de um departamento exclusivamente vocacionado para a promoção do BCR, com pessoas especializadas na área, sendo que é uma acção facilitada pelo impacto das redes sociais e pela ausência de custos que a utilização das mesmas representa. Veja-se o exemplo da APD Braga no facebook. A outra questão tem a ver com a incapacidade de a Anddemot alcançar um modelo competitivo que seja do interesse de todas as equipas e não penalize A, B ou C. Bem sei que as direcções dos clubes em nada ajudam a que se chegue a um acordo, mas sem qualquer tipo de sentimento bairrista, acho que as equipas nortenhas têm saído claramente prejudicadas. A última época é bem elucidativa do que afirmo. Espero sinceramente que para bem do BCR a nova época traga um modelo de campeonato que aproxime as realidades competitivas.

10 - O que mudavas no BCR?

Para além dos aspectos que referi, a captação e a formação dos jovens jogadores deve ser alvo da preocupação das equipas e da Anddemot. É impensável, um jovem chegar a um clube e com 2/3 meses de treino começar a jogar. Antes de competir, o atleta tem de saber o ABC do BCR: driblar, passar, ter um bom domínio de cadeira e aprender a técnica de lançamento correcta. Estes detalhes, por norma, são descurados, o que nos impede de competir com as potências europeias do BCR. A responsabilidade, como disse é repartida pelos clubes e pela Anddemot, mas é a esta última que compete realizar mais estágios que reúnam todos os atletas jovens, já que trabalhar essas carências nos clubes é complicado quando o staff se resume a um treinador apenas...

Relativamente à captação de atletas, deveria existir uma acção concertada que sensibilizasse desde muito cedo a pessoa com deficiência e os familiares. A haver uma colaboração entre as instituições hospitalares e os clubes, certamente que o número de praticantes aumentaria.

Publicada por João Pedro Torres em http://anmndnoticias.blogspot.com/

Este foi um dos atletas com os quais eu trabalhei. Muito dedicado ao treino e á modalidade. Se o trabalho continuar assim um dia mais tarde poderá vir a dar frutos e quem sabe ele conseguirá atingir o patamar que, para já, ainda é um sonho.
Força Pedro

domingo, 4 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Mergulho Livre




Para se ver e depois sentir-se a música...
Archive - You make me feel